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O que as marcas podem aprender com os influenciadores digitais?

19 maio, 2021 | Marketing Digital, Redes Sociais

Vamos imaginar dois perfis em uma rede social, um é de uma marca e outro de um influenciador, eles possuem o mesmo número de seguidores, mas o engajamento de ambos é absurdamente diferente.

Por que isso acontece? Existem os motivos óbvios como: compra de seguidores, perfil com linha editorial errada, público vindo de sorteios e entre outras possibilidades.

No entanto, e se tudo for alinhado de forma bem similar? Conteúdo show, seguidores reais e realmente interessados na temática dos perfis, porque o engajamento do influenciador é maior comparado ao perfil da marca?

a) Uma marca sempre busca vender algo e um influenciador nem sempre está vendendo algum produto ou serviço? Impossível, o criador de conteúdo trabalha praticamente o dia todo, ele vende influência, que é o que a gente consome, mas não faz isso te oferecendo um produto/serviço ou te mostrando uma marca, o creator faz isso te colocando no universo dele.

b) Pessoas se conectam com pessoas e não com marcas? Sim, concordamos com a afirmativa, mas aqui ela não se aplica. Uma marca pode humanizar sua comunicação, então o público pode se conectar com marcas humanizadas.

c) Marcas tem consumidores e influenciadores tem comunidades? Xeque-mate, isso é algo que raras marcas conseguem construir, porém é a base dos criadores digitais, e é o que as empresas deveriam aprender a fazer: uma comunidade.

Mas o que é comunidade?

Comunidade não é um número de seguidores, não é um número absurdo de visualizações. Comunidade vai além, comunidade é um comportamento humano.

Em uma comunidade os próprios integrantes são agentes ativos, se relacionam, os assuntos fluem independente se quem iniciou a comunidade está ali fomentando a discussão ou não.

Sabe a parada de que somos seres sociais? Então, somos seres que andam em “bando”, queremos nos sentir pertencentes a “tribos”, então viver em comunidades é um comportamento rotineiro.

Bons influenciadores sabem fazer isso, sabem tratar as pessoas ali como parte da sua tribo, olhar para os seguidores como essenciais e não como números descartáveis, além disso sabem mostrar comportamentos relacionáveis e assuntos relevantes para a galera que está ali.

E ao invés disso tudo, o que a maioria das marcas estão fazendo? A maioria das marcas tentam construir o relacionamento com seus consumidores com base nas necessidades, algumas além disso, tentam entrar no âmbito da admiração, porém quase nenhuma trata aqueles clientes como parte de uma comunidade, e assim eles podem ir embora ou ficarem, pouco importa, porque são substituíveis.

As marcas precisam construir um modelo de comunicação horizontal, de igual para igual e descer (do raio) do pedestal.

E aí, você tem comunidade?

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Gabriela Frederice

Gabriela Frederice

Cofundadora da Hiloou. Formada em publicidade, possui experiência em planejamento, atendimento, gestão de projetos e audiovisual. Desenvolveu pesquisas publicadas em eventos científicos sobre engajamento em Redes Sociais, e capítulo de livro sobre podcasts e estratégias transmídias. Foi premiada como uma das Mulheres do Ano de 2022 do Design Gráfico (Prêmio Ruth Kedar do Designerverso).